Recomendações após cirurgia artroplástica do joelho

Prótese do Joelho – Quando fazer, quando não fazer

Realização de uma artroplastia total do joelho (PTJ)

Complicações das PTJ’s

Actividades no Pós-Operatório





Recomendações após cirurgia artroplástica do joelho

Deverá consultar a lista de exercícios recomendados que encontrará abaixo, e que vai ajudá-lo (a) a melhorar a circulação de retorno do membro operado, acelerando o processo de recuperação.

Deve fazê-los em casa, durante 20 a 30 minutos, 2 a 3 vezes por dia.

A seguir aos exercícios, deve fazer aplicação de gelo no joelho.

Deve continuar a fazer os exercícios mesmo depois de iniciada a fisioterapia pós-operatória, organizada através do seu Centro de Saúde.

É o exercício regular que vai completar a sua recuperação total para as tarefas comuns da vida diária.

Os objectivos são:
  • Recuperar a mobilidade;
  • Recuperar a força;
  • Prevenir tromboflebites.
Exercícios recomendados – recuperação de artroplastia do joelho




Prótese do Joelho – Quando fazer, quando não fazer

Condições fundamentais:
  • Interferência da doença articular do joelho na qualidade de vida.
  • Motivação do doente e família para assumir o pós-operatório.

Indicações para cirurgia:
  • Artropatia destrutiva
  • Disfunção articular
  • Dor (incontrolável com medicação)
  • Défice funcional por artrose

Contra-Indicações

Relativas:
  • Pouca idade
  • Obesidade

Absolutas:
  • Isquémia do miocárdio
  • Insuficiência respiratória
  • Infecção activa
  • Neuropatia



Realização de uma artroplastia total do joelho (PTJ)


O que se faz durante a cirurgia é a substituição da extremidade do fémur, da rótula e da extremidade da tíbia por três peças (próteses) que se articulam entre si. As próteses podem ser feitas em múltiplos materiais, utilizando-se, entre outros, crómio-cobalto, titânio, polietileno, e cerâmicas. As próteses podem ser fixadas ao osso utilizando-se cimento acrílico, como se faz em leitos ósseos de menor qualidade, obtendo-se uma fixação primária optimizada, ou apostando na qualidade do osso colhendo fixação primária de adaptação das próteses ao leito ósseo e secundária da interacção da superfície da prótese com o osso, que ocorre mais tardiamente.

O tempo para a realização da cirurgia é de cerca de hora e meia. A técnica anestésica mais utilizada é a raqui ou a epidural, podendo eventualmente ser adoptada outra pela equipa de anestesiologia. Após a cirurgia o tempo de internamento é de cerca de 3 a 5 dias. A decisão de alta depende da evolução do doente no programa de recuperação pos-operatório, pretendendo-se uma extensão/flexão de 0º/80º e capacidade para a colaboração nas tarefas da vida diária. O levante é recomendado desde o primeiro dia de pos-operatório sendo a percentagem de carga autorizada caso a caso. É imprescindível a motivação do doente e o seu empenhamento no sucesso da cirurgia. Estudos realizados revelam que os melhores resultados se obtêm em doentes em que a doença do joelho interfere de forma decisiva com a qualidade de vida.






Complicações das PTJ’s

Infecção:
Pode ocorrer em 2% dos casos. Casos graves só se conseguem tratar retirando a prótese e fixando o joelho (artrodese). Em casos muito graves, pode ter que se proceder à amputação do membro porque as infecções podem ser fatais. São factores de risco acrescido: cirurgias prévias do joelho, infecção local antiga, tabagismo, obesidade, diabetes e focos infecciosos potenciais não tratados (dentes, infecções urinárias, úlceras crónicas).

Complicações cutâneas:
São factores de risco acrescido: cirurgia prévia do joelho, corticoterapias, diabetes, artrite reumatóide, obesidade, idade avançada, tabagismo.

Dor femuro-patelar:
Dura habitualmente dos 6 a 12 meses. São factores de risco acrescido: obesidade, cirurgia prévia do joelho, doentes mais jovens, actividade excessiva.

Rigidez articular:
Complicação que tem relação com a falta de actividade desenvolvida na recuperação no pos-operatório precoce.

Doença tromboembólica:
Pode ocorrer em 50% dos casos na ausência de prevenção. A fatalidade da sua forma mais grave, e embolia pulmonar (1 a 6%), justifica a adopção das medidas preventivas como a administração de anticoagulantes ou outras como o levante precoce, a marcha com apoio e os períodos de repouso com os pés elevados. São factores de risco acrescido: varizes, desidratação, sexo feminino, antecedentes de flebites.






Actividades no Pós-Operatório




 
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